Freio da Europa apresentará potencial do Cavalo Crioulo em feira italiana

Está chegando a hora da primeira edição do Freio da Europa. De 7 a 10 de novembro, a prova da raça Crioula ocorrerá durante a programação da Fieracavalli de Verona, na Itália, considerada a maior feira equestre da Europa. O anúncio foi feito na última Expointer, quando da visita do presidente da Associazione Nazionale Allevatori Cavallo Criollo (ANACC), Giuseppe Bonacina, à feira no Brasil.

O convite da visita partiu do fotógrafo Fagner Almeida, idealizador do Projeto Em busca do Cavalo Crioulo. Trabalhando com entrevistas que vão resultar em diferentes episódios de um documentário, o profissional e sua equipe visitaram a Europa para retratar o dia a dia de criatórios na Itália, Alemanha, França e Suíça. Durante o período de captação dos materiais, foi criado um vínculo com jovens proprietários de estabelecimentos crioulistas: Enrico Pavese, da Traditional Ranch, localizada em Asti, e Daniel Bosio, da Cabanha El Caracol, localizada em Bergamo. Desde então, os criadores italianos estiveram duas vezes no Brasil, em janeiro deste ano e durante a Expointer, acompanhados do presidente da ANACC. Nesse período, os jovens passaram cerca de um mês treinando no CT Guto Freire.

Em conversa com Bonacina, Francisco Kessler Fleck, presidente da ABCCC, mostrou-se contente em divulgar o lançamento na Europa da prova que há mais de 37 anos caracteriza a raça Crioula. Antes da abertura oficial das inscrições, o número de interessados já era de aproximadamente 20. Na primeira edição do evento serão realizadas apenas algumas das etapas do Freio de Ouro, mas Fleck acredita que adaptar as etapas à vivência dos competidores da Itália é algo atrativo e positivo. Para o próximo ano, a ideia é seguir organizando eventos que promovam a raça na Europa. “A Fiera é um evento global, estarmos nela representa muito na história que estamos consolidando”, completa o presidente.

Mundialmente conhecida como a maior feira equestre da Europa e um dos mais antigos eventos equestres do mundo, a Fieracavalli vem sendo palco para Crioulos há aproximadamente 15 anos. Além de estreitar a distância entre os criadores de diferentes cidades e países que se reúnem anualmente para pensar conjuntamente sobre o futuro da raça, o evento é uma oportunidade de apresentar as habilidades físicas e a beleza do Cavalo Crioulo a milhares de pessoas que circulam nos pavilhões de Verona.

Em 2019, o foco da Fieracavalli será voltado a novidade promovida conjuntamente pelas associações europeias e sul-americanas – a associação brasileira e a uruguaia. Seguindo alguns dos critérios de seleção já adotados nesses países, a realização do primeiro Freno Europa em solo europeu tem gerado grandes expectativas para a região e representa mais um marco na história da raça. O Freno acontecerá paralelamente à programação da Fiera, com a presença de participantes de cinco países diferentes.

Foto: Fagner Almeida/Divulgação
Texto: Júlia de Andrade e Juliana Rosa/ABCCC
 

Artista plástica que ganhou prêmios no Brasil e no mundo, retrata a sua paixão pelos cavalos através de suas pinturas

Artista plástica há mais de 30 anos, Ana Bittar, através da sua arte, retrata bem os equinos. Principalmente os cavalos da raça árabe, que para a artista, existe uma particularidade ligada à beleza e elegância destacadas por esta raça. Unir a arte com a paixão pelos cavalos trouxe além de muito talento, diversos prêmios em exposições realizadas no Brasil e no exterior.

Ana enfatiza que dentre as pinturas premiadas, as mais aclamadas são as figurativas, que destacam o rosto do animal, elevando uma característica própria em que ela coloca como forma de identidade nas telas já reconhecidas e encomendadas, principalmente pelos amantes dos cavalos. “Comecei a me dedicar na caracterização dos rostos inovando as pinceladas, já que o mercado tem suas particularidades e cada artista por sua vez, se destaca pelo seu diferencia”.

Paixão por cavalos
Ana Bittar

Usando técnicas diferenciadas que valorizam a tela como um todo, a artista diz que utiliza o pincel e os dedos para pintar. Durante a entrevista, Ana Bittar fala de trabalhos importantes para ela e que cada um tem uma história.

“Uma tela premiada que ficou interessante foi a chamada de Arabian Horse One. Trouxe, além da sua história, essa minha marca. É muito gratificante saber que existe de fato uma identidade a ponto de as pessoas verem uma pintura e já afirmarem que é uma tela de Ana Bittar”. Entre uma pincelada e outra, na época da páscoa sobre encomenda, pintou uma tela com chocolate, a qual foi premiada com uma medalha de prata durante uma exposição em São Paulo.

Paixão por cavalos

A artista diz que durante as pinturas tenta ao máximo não mostrar pinceladas marcadas em seus trabalhos, fazendo o possível para se parecer com a fotografia. “Também acho importante marcar bem o olhar do animal que traz uma luz diferente e uma verdade única para a pintura”.

Em relação à divulgação, ela acredita que mesmo com a relevância das redes sociais e mídias, uma das divulgações que ela mais usa e que sempre trouxe muito retorno e reconhecimento foi o ‘boca-a-boca’.

Paixão por cavalos
Ana Bittar em entrevista no Canal Rural

Por Camila Furtado
Fonte Lance Rural

Você sabe o que é Horsemanship?

 

Você sabe o que é Horsemanship?

Desmembrando a palavra Horsemanship, temos: Horse, que significa cavalo; Man, que traduzida seria homem ou ser humano; e Ship, que é relacionamento.

Assim, podemos concluir que Horsemanship é a convivência/relacionamento entre cavalos e homens. É importante ressaltar que não é uma técnica específica, afinal, todos que possuem cavalos, praticam o Horsemanship.

A questão que devemos sempre buscar são bons índices qualitativos nessa relação. Oferecer boa qualidade de vida e treinamento de excelentes padrões aos equinos é fundamental para conquistar ótimos resultados em cavalos de lazer e competições.

Isso só é possível com capacitação de qualidade, estudando o comportamento animal, conhecer metodologias aplicadas ao manejo de equinos, aprendendo os sentidos dos cavalos, construindo uma parceria baseada em confiança, técnicas de montaria e segurança, e até mesmo, saber resolver problemas corriqueiros da relação diária homem x equino, como habilidades em primeiros socorros.

Seguindo esses passos, o proprietário desenvolverá um ambiente agradável e confiável com seu cavalo.

Fonte: Animal Virtual

A Castração de Equinos

A Castração de Equinos 

A castração ou orquiectomia refere-se a um procedimento cirúrgico simples e rotineiro realizado pelo médico veterinário em equinos machos para a retirada dos testículos. Existem muitos benefícios que levam o proprietário a optar pela cirurgia, dentre eles podemos destacar:

Redução da agressividade

Estudos realizados em 2011 por Fingerl, descrevem uma relação entre o comportamento sexual agressivo e a presença de órgãos sexuais, justificando o inicio da agressividade de garanhões no começo da puberdade. Após a realização da castração, a secreção de hormônios sexuais como a testosterona produzida nos testículos, reduz vertiginosamente, diminuindo a libido do animal. Sendo assim, equinos castrados são animais mais calmos e dóceis, facilitando o manejo e a montaria.

Socialização com outros animais

Animais castrados são mais sociáveis com outros animais, diminuem a necessidade de dominância em bandos e não são atraídos por éguas, podendo assim, conviverem normalmente em pastos e piquetes junto a outros cavalos.

Redução de custos

A demanda energética de garanhões tende a ser maior por serem animais agitados e em reprodução, necessitam assim de um custo elevado com suplementações e adequação constante de dietas.

Concentração e trabalho

Com a redução de hormônios e a libido, o animal castrado, se torna mais concentrado, facilitando o manejo e o rendimento em atividades esportivas e trabalho.

Características hereditárias

Apenas uma pequena parte dos garanhões reprodutores possuem características genéticas desejáveis a serem herdadas pela prole. A castração de animais que não possuem tais características é de grande importância para a preservação dos padrões raciais definidos em cada raça.

Embora a orquiectomia seja um procedimento simples e comumente realizado em equinos, o risco de complicações é relativamente alto, acometendo cerca de 20% a 38% dos animais submetidos. (GETMAN,2009). São inúmeras as complicações, podendo ser citadas as mais comuns:

Edemas e inchaço pós-operatório

O edema e inchaço no pós-operatório são as complicações mais comuns após a castração, acomete grande parte dos animais sujeitos a esse procedimento. Estudos realizados por GETMAN em 2009, relatam que o inicio dessas alterações ocorrem três a quatro dias após a

 

cirurgia e voltam ao normal em aproximadamente 12 dias. As causas mais comuns relatadas por BAYEUX em 2013 são decorrentes de pouco exercício ou confinamento excessivo; drenagem linfática pobre, trauma cirúrgico e infecções.

 

 Infecções

A infeção é a segunda complicação mais comum que acomete os equinos após o procedimento e pode ser observada em qualquer estágio do pós-operatório. GETMAN estima que cerca de 3% a 20% dos animais podem apresentar essas alterações seguidas de sintomas como febre, edemas/inchaços, claudicações e secreções purulentas.

Hemorragia

A hemorragia consiste na perda súbita e grave de sangue internamente ou externamente, podendo ocorrer durante ou até mesmo dias após o procedimento. Pequenos sangramentos como gotejamentos são esperados, entretanto, o aumento profuso do sangramento pode ter origem na artéria testicular ou lesões do ramo da artéria pudenda externa. De acordo com SCHUMACHER em estudos realizados, os primeiros sinais apresentados são: mucosas pálidas, hiperpnéia, taquicardia, pulso fraco e pobre distensão da jugular.

Eventração

Define-se como eventração, o deslocamento total ou parcial das vísceras para o exterior do abdômen, nesse caso, um seguimento do intestino se move pelo canal inguinal (pequena abertura que conecta o abdome ao escroto) exteriorizando. Segundo estudos realizados por GETMAN, a incidência da eventração é mais rara, acomete cerca de 0,2% a 2,6% dos equinos submetidos a castração, sendo a mais provável que seja fatal. Em animais não castrados, esta alteração é conhecida como hérnia escrotal.

Persistência do comportamento de garanhão

De acordo com STAINKI, a castração não elimina 100% do comportamento de garanhão do animal, existem muitas causas propostas para a permanência dessas atitudes, entretanto, a razão mais provável seria a psíquica, relacionada com o comportamento social e natural dos equinos.

Conclui-se que a castração trás grandes benefícios ao animal e ao proprietário, entretanto, precauções devem ser tomadas a fim de minimizar futuras complicações. Cuidados como higienização diária do local do procedimento é de extrema importância evitando possíveis infecções, além da prática de pequenos exercícios reduzindo o inchaço e edema local. O procedimento deve ser realizado exclusivamente pelo médico veterinário, que por sua vez, abordará a melhor técnica e protocolo anestésico, visando assim à segurança e bem estar do animal.

 

Fonte: Informativo Equestre

FIGURA 2: Edema no pós operatório – https://aaep.org/sites/default/files/issues/proceedings-09proceedings-z9100109000374.pdf