Mancha Crioula é lançado com novidades para a edição de 2020

Leilão e exposição nacional ocorrerão de 13 a 15 de fevereiro em Esteio e as inscrições já podem ser feitas com valores 20% menores que os da edição passada

O mercado do cavalo Crioulo para os animais das pelagens Tobiana, Oveira e Bragada, vem crescendo nos últimos anos e representa hoje um nicho importante dentro da raça. Todos os anos a Trajano Silva Remates realiza um evento voltado a este segmento. Trata-se do Mancha Crioula 2020, que teve a sua 17ª edição lançada nesta segunda-feira, dia 4 de novembro, durante um café da manhã com a imprensa, no Hotel Sheraton, em Porto Alegre (RS). O evento que conta com exposição nacional e remate, ocorrerá entre 13 e 15 de fevereiro do próximo ano no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). As inscrições já estão abertas e uma das novidades é a redução de 20% nos valores.

O diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, destacou durante o lançamento do evento que o espírito do Mancha Crioula é ser um leilão com identidade, com características únicas. Afirmou que o ambiente é totalmente familiar, possibilitando o bom convívio entre as pessoas. “Ao mesmo tempo, vem crescendo o interesse do público em geral. Ultrapassamos as fronteiras do Estado. De dois a três anos para cá, passaram a participar criadores do Acre, Tocantins, Mato Grosso, entre outros”, salientou.

O número de animais que participam da exposição tem ficado nas últimas três edições em torno de cem exemplares. Já para o leilão, a oferta se mantém em cerca de 40 animais, divididos em 35 fêmeas e cinco machos. No início do remate ocorrerá ainda a venda de 10 coberturas de garanhões renomados. Segundo Silva, a quantidade de exemplares leiloados está ligada ao tempo hábil de um remate, assim como à capacidade de suporte do mercado. “Em relação às médias dos animais vendidos no leilão, nos últimos três anos ocorre um crescimento. Em 2019, elas alcançaram R$ 16,790 mil”, observou, destacando ainda que, nos últimos dois anos os animais que participaram da Exposição foram premiados na Expointer, mostrando que os cavalos Crioulos pintados agradam pela sua beleza.

O coordenador do Mancha Crioula, Décio Lemos, salientou durante o lançamento que os cavalos manchados têm muita qualidade e competem em outras exposições e provas. Disse que o evento fez um resgate desses animais. Quanto à premiação, informou que serão distribuídos mais de R$ 30 mil nesta edição. Lemos também lembrou que todos os anos é escolhida uma personalidade Mancha Crioula, assim como outros homenageados. A personalidade no evento do próximo ano será a criadora Margarete Kitaka Mendes, da Cabanha Vitória das Tradições, do Acre. Também será homenageado o sub-secretário do Parque de Exposições Assis Brasil, José Arthur Martins. O julgamento ficará a cargo de Mário Móglia Suñe, que será secretariado pelo seu filho, Mário dos Santos Suñe.

Além da exposição e do leilão, a programação do Mancha Crioula 2020 contará com uma palestra do médico veterinário Henrique Noronha, sobre o bem estar dos animais. A palestra ocorrerá em 13 de fevereiro na sede do Núcleo de Cavalos Crioulos da 6ª Região, seguida de um jantar. No mesmo dia será feita a entrada dos animais no Parque de Esteio.
No dia 14 de fevereiro, às 10h, será definida a ordem de entrada do leilão que começará às 20h30min. Às 16h, ocorrerá a admissão dos exemplares para a exposição, realizada por um técnico da ABCCC. Já no dia 15, às 8h acontecerá a concentração de machos e às 10h o início do julgamento da exposição.

Foto: Felipe Paes/Divulgação
Texto: Rejane Costa/AgroEffective

Leilão JA e Mais Um alcança R$ 4,3 milhões em faturamento

Com grande destaque pela genética ofertada, as cabanhas JA e Mais Um, de São Lourenço do Sul (RS), realizaram na noite deste domingo, 27 de outubro, um leilão histórico. O evento, a cargo da Trajano Silva Remates no Tattersal do Cavalo Crioulo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), vendeu 40 lotes e chegou a uma média de R$ 107 mil por exemplar, uma das maiores alcançadas em todos os tempos, fechando em um faturamento de R$ 4,3 milhões.

Para o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, que conduziu as vendas no recinto na noite, o leilão atingiu números históricos, o que era esperado diante da qualidade ofertada em pista. “Foi um leilão fora de série, que indiscutivelmente vai entrar para a história. Uma média também histórica e o grande destaque para as vendas das éguas, começando pela JA Capitu”, salientou.

O destaque do leilão ficou por conta da venda de JA Capitu, que entrou para o hall das fêmeas com valor acima de sete dígitos, sendo a com maior preço quando se fala em disputa de venda no recinto. A égua, considerada uma das mais destacadas dos últimos anos, é mãe de exemplares importantes da raça Crioula como JA Impulso, JA Mate Amargo, JA Padroeira e Oitava Rima da Cabanha Santa Fé. O valor de venda foi de R$ 1,075 milhão.  

Foto: AgroEffective/Divulgação
Texto: Nestor Tipa Júnior e Andréia Odriozola/AgroEffective

Ciclo de Exposições Passaporte do Cavalo Crioulo apresenta recordes

No ciclo 2019, o cavalo Crioulo deslocou-se cerca de 2.329 quilômetros, de Jaguarão (RS) a Campo Verde (MT), para mostrar sua evolução nas pistas Morfológicas. O mês de março foi marcado pelo início do ano recordista para as Exposições Passaportes até o momento. Passando por 19 cidades nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, as provas receberam 1.304 admitidos – um crescimento de 289 animais, ou 28,5%, em comparação ao ciclo passado. Tudo por um único objetivo: conquistar uma vaga na final Morfológica da Expointer, em Esteio, entre os dias 26 e 27 de agosto. 

O ciclo atual, organizado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) também fica na história como o maior nível B – seis cidades registraram mais de 80 exemplares em julgamento. Além dos municípios onde o evento é recorrente, como Pelotas, Bagé e Uruguaiana, a inédita cidade de Chapecó foi incluída na agenda Crioulista e apresentou o número recorde de animais da temporada – 95 marcados, excelente número para uma estreia. 

Este ano, a Morfologia Crioula subiu o País passando pelos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas gerais, São Paulo e Distrito Federal. O analista de Expansão da ABCCC, Gerson Medeiros, agraciou-se com o aumento expressivo de criadores nas seletivas em regiões de fomento. Ele diz ter ficado surpreso, já que a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) vinha registrando, nos últimos dois anos, uma estabilidade no número de animais inscritos em provas, por consequência da crise que o País vem enfrentando.

Gerson cita as Passaportes de Londrina (PR) e Avaré (SP) como de grande importância para a visibilidade e fortalecimento da raça, já que, em ambas cidades, a seletiva integrou grandes feiras agropecuárias e atingiu nível B. “Uberaba é nossa menina dos olhos, se tratando em fomento da Raça Crioula”, considera, acrescentando que lá, a Passaporte é realizada juntamente com a Expozebu, maior feira de zebuínos do mundo.

Foto: Fagner Almeida/ABCCC/Divulgação
Texto: Juliana Rosa/ABCCC

Liquidez marca remate Aliança, Santa Fé, Marconi e Cabanha Segat

Realizado na noite de quinta-feira, 18 de junho, no Tattersal do Cavalo Crioulo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), o Leilão Aliança, Santa Fé, Marconi e Cabanha Segat ofertou exemplares de genética consagrada da raça Crioula. O remate, a cargo da Trajano Silva Remates, colocou em pista animais jovens, exemplares domados e também reprodutores. 

O leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Gonçalo Silva, que conduziu as vendas no recinto, salientou a liquidez e a inovação como principais motes da noite no leilão. “Além da liquidez, inovamos ao começar o leilão em um horário diferenciado, um pouco mais cedo, às 19h30. Tivemos boa aceitação e ressalto as compras realizadas no Paraná e em Santa Catarina”, afirmou.

O destaque da noite ficou por conta da égua PO Ibiza. A rosilha, que é filha do cavalo JA Impulso, foi comercializada pelo valor de R$ 35 mil.

Fotos: Andreia Odriozola/AgroEffective/Divulgação

Texto: Andreia Odriozola/AgroEffective

Governador sanciona Marcha da Resistência do Cavalo Crioulo como interesse cultural

A partir desta quinta-feira, 27 de junho, a Marcha da Resistência estará oficialmente no calendário oficial de eventos do Rio Grande do Sul. O projeto de lei, de autoria do deputado Sérgio Turra (PP), foi sancionado nesta quarta-feira, 26 de junho, pelo governador do Estado, Eduardo Leite, no Palácio Piratini. O evento equestre é organizado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).

Com a publicação no Diário Oficial, a Marcha de Resistência de Jaguarão e a Marcha de Integração da ABCCC também passam a ser reconhecidas como interesse cultural do Rio Grande do Sul. Para o presidente da instituição, Francisco Fleck, a aprovação vai ao encontro do reconhecimento que já ocorre na sociedade gaúcha. “Estamos muito felizes, isso demonstra o valor cultural que tem a raça Crioula, um cavalo que foi forjado, naturalmente, há mais de 100 anos e tornou-se um patrimônio do Estado”, comemorou.

No discurso do evento, o governador do Rio Grande do Sul destacou a importância de iniciativas parlamentares que ajudem as regiões do Estado. “Estamos aqui oferecendo aos municípios a condição de serem interesse cultural, a possibilidade de se integrarem ao calendário oficial do Estado. Estamos ajudando-os a se consolidarem como uma marca, um selo reconhecido que dá suporte a conseguir patrocínios e a unir uma comunidade em torno de uma vocação local, que pode ter ainda maiores benefícios econômicos, como é o caso da prova da Marcha da Resistência”, declarou.

A Marcha da Resistência é a prova reconhecidamente mais antiga realizada pela raça Crioula. Inspirado nas lidas campeiras das estâncias, o teste consiste em percorrer 750 quilômetros, divididos em três fases, durante 15 dias. Através dos resultados obtidos, é possível qualificar a resistência e a capacidade de recuperação do animal. A manutenção durante a prova é rígida. Quando os cavalos são colocados para realizar a prova, seus donos não são mais responsáveis pelo animal – os veterinários se tornam os encarregados de manter o bem-estar físico e mental dos exemplares.

Foto: AgroEffective/Divulgação
Texto: Larissa Mamouna e Andréia Odriozola/AgroEffective