Terceiro maior rebanho de cavalos do mundo, o Brasil é vice-campeão mundial em uso de biotecnologia aplicada à reprodução de equinos. A utilização da biotécnica é uma excelente ferramenta para acelerar o processo de seleção e gerar animais de valor agregado superior. Já a inseminação, é indicada para melhorar as taxas de fertilidade nos haras e potencializar o aproveitamento do sêmen dos garanhões.Porém, vale destacar que esta é uma prática que necessita de profissionais experientes e uma estrutura adequada para a realização.
A transferência de embrião é recomendada também para matrizes que participam de competições e que em consequência das provas não podem ficar prenhes. Nestes casos, o embrião é retirado do útero da doadora e transferido para o da receptora, que gera a cria
Os custos dos métodos não são altos quando comparados aos tratamentos humanos. Em pessoas, uma fertilização in vitro gira em torno de R$ 30 mil, mesmo não se obtendo êxito na gravidez, no caso do animal, os custos são cerca de 10% desse valor e os veterinários recebem somente quando a prenhez é confirmada.
Para se obter sucesso, é preciso, além de cuidado com o material coletado, atenção ao bem-estar do animal. “Cavalos são supersensíveis e quaisquer mudanças, como no local de manejo ou alimentação, interferem no resultado”, explica a especialista Rosemeire Vianna.
As técnicas são realizadas em centrais – fazendas onde estão instalados laboratórios que obedecem regras rígidas de higiene para manipulação de sêmen e embrião.