Pedro Elias Lopes Severino

Diz ele que chegou a Porto Alegre em 1890, teria 127 anos e aparência real e cronológica de 62. Brincadeiras a parte só mostra que, o tempo tem seu valor, mas não é a maior preocupação do seu Elias. Natural de Cachoeira do Sul passou uma vida trabalhando com cavalos. Por dezesseis anos eram os  equinos ingleses do polo que recebiam a atenção do seu Elias mas no coração acalentava uma vontade desmesurada de trabalhar com os crioulos que rodeavam sua infância.

Há alguns anos seu desejo se concretizou e hoje seu Elias atua na Cabanha CC onde cuida de 12 cavalos de montaria e equoterapia junto ao Mundo do Cavalo de propriedade de Roberta Campos.

“O crioulo é mais doce, mais fácil de lidar por ser mais tranquilo na lida”, diz o Severino que não carrega consigo preconceito de qualquer natureza no trato com o animal. Toda a tarefa do orgulhoso tratador tem sua nobreza. Ver seu Elias escovar um cavalo é quase ver uma orquestra ser regida, a calma e a leveza estão nas mãos do senhor carinhoso que vê no animal seu melhor amigo e procura tratá-lo com a regra de ouro do universo que devolve o bem que fazes ao outro.

“Só de ver o cavalo entrar na cocheira já sei se ele está bem ou se tem algo errado, tenho uma grande preocupação com cólicas ou machucados, presto muito atenção. Dou todo o meu cuidado  eles me devolvem com carinho”, acrescenta.

Casado com Maria Claurestina Severino, seu Elias teve sete filhos: Maria Aparecida, Emerson, Gerry Adriano, Diego, Elisandro, Bruna e Suelen. Com ele na lida do dia a dia o cavaleiro Diego e o neto que não perde avô, pai e bichos de vista, o Diego Júnior.

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