Proprietários e criadores de cavalos podem auxiliar a pesquisa a definir um dispositivo seguro e que não cause dor ao animal respondendo um questionário, de forma anônima

Um estudo divulgado recentemente aborda os efeitos das ferramentas de contenções, como os cachimbos (também conhecidos como pitos), no organismo dos cavalos. A pesquisa foi realizada por Henrique dos Reis Noronha, mestre formado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Antes de mais nada vale esclarecer que os cachimbos são utilizados em diversas formas de tratamento ou procedimentos veterinários. Dessa forma, eles auxiliam no controle de animais que não estejam obedecendo ao buçal ou cabresto, tais como os cavalos que não permitem o ferrageamento.

Atualmente, há quatro tipos de cachimbos de contenção. São eles: o “cachimbo alemão”, uma corrente que é colocada sobre a gengiva do animal; o cachimbo metálico, um equipamento de aço preso ao focinho como um alicate; o cachimbo tradicional, um pedaço de madeira com uma argola de corda na ponta, também fixada no focinho ou na orelha; e, por fim, a Twitch Tape, uma fita adesiva colada sobre o focinho do cavalo.

Todas essas ferramentas deveriam atuar apenas como distração para facilitar o manejo do animal. No entanto, em alguns casos, após os primeiros minutos de uso, há a mácula do cavalo, causando desconforto.

Sabendo disso, o intuito da pesquisa foi realizar testes com esses quatro tipos de contenção para compreender os efeitos contidos em alguns desses instrumentos. Confira abaixo mais detalhes!

Uma simples fita adesiva

Nos primeiros testes realizados pelo pesquisador, a Twitch Tape foi a única que manteve o papel de distratora. Afinal, ao final da fita há uma pequena folga que fica entre as narinas e que faz com que o cavalo se distraia ao tentar interagir com ela.

Para Henrique Noronha, a qualidade de vida do trabalhador e o bem-estar do cavalo são um dos maiores objetivos da pesquisa. “Propor métodos que sejam mais eficientes, que possam dar segurança para quem está trabalhando e, ao mesmo tempo, não causar algum prejuízo ao bem-estar dos animais é extremamente importante”.

Nesse sentido, os testes foram baseados em uma escala de reatividade e comportamento chamado Etograma. Registrando, assim, o comportamento expressado – estresse, sofrimento, dor, ansiedade, agrado etc. – pelo animal durante o uso das ferramentas.

Agora o próximo passo da pesquisa consiste em uma análise laboratorial de amostras coletadas durante o processo experimental. Nesta etapa, serão medidos vários parâmetros como hemograma, nível de cortisol no sangue, saliva e outros mecanismos que são indicadores de estresse.

Depois, outra etapa é composta por uma pesquisa de opinião, disponível para que criadores, usuários, manejadores, ferreiros e veterinários possam responder sobre o uso dos cachimbos, bem como qual é o método utilizado por eles. Para acessar a pesquisa, clique aqui.

Por fim, vale ressaltar também que a pesquisa é anônima e de extrema importância para a definição de um dispositivo seguro e que não cause dor ao animal.

Fonte: ABCCC
Crédito das fotos: Divulgação

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