Puro Sangue Árabe

A primeira imagem aparece em um baixo relevo egípcio do século XVl  antes de Cristo.  Estudiosos e historiadores afirmam que quando o cavalo se tornou um animal doméstico, já existiam menções ao tipo Árabe, comprovados por desenhos rupestres daquela época. Através de todo este tempo, estes nobres animais sofreram a mais rigorosa e implacável das seleções: A NATURAL.

É um animal que apesar de estar sempre atento, possui temperamento dócil e a inteligência é uma das suas virtudes mais admiradas. Por ser bastante rústico e resistente adapta-se bem a diferentes tipos de trabalho, terreno e clima. Sua resistência foi adquirida no deserto como cavalo de guerra de impérios Caldeus, Persas, Hititas e Assírios. Além disso, o deserto era extremamente quente no período diurno e frio no período noturno.

As tribos beduínas do deserto foram as grandes responsáveis pela domesticação e seleção genética das qualidades e da preservação da pureza racial do Cavalo Árabe. Em 700 a.c. havia uma procura generalizada por ele em todo o Oriente Médio e Norte da África. Guerras eram iniciadas com o único fim de obtê-los em maior número possível. As lutas se sucediam entre assírios, persas, povos das estepes em torno do mar Vermelho até o Egito.

Joias, relevos em murais e pinturas em utensílios da época dessas regiões trazem a imagem do Cavalo Árabe muito semelhante a que conhecemos hoje e o integram como um componente de grande importância na cultura e na vida dos povos do deserto.

A paixão pelo cavalo levou faraós, reis, imperadores e homens poderosos a colecionar o que havia de melhor. Preços fabulosos, resgates de príncipes, e cidades inteiras foram trocados por esplendidos animais, quando não eram arrancados a preço de sangue.  Depois do esplendor dos faraós, temos notícia dos grandes studsbook nos séculos XIII e XIV, como baybards, o sultão que mandava colocar sedas preciosas no chão para que seus cavalos desfilassem.

E assim o cavalo árabe vai sendo preservado através das idades, passada a tradição de pais a filhos.

Os primeiros registros dos cavalos árabes importados para o Brasil aconteceu entre os anos de 1826 a 1885, nessa época a importação mais famosa foi feita pelo estadista Joaquim Francisco de Assis Brasil, que trouxe três importantes garanhões: Amir, Maalek e Mazir que nasceram no próprio deserto. A fêmea Airé, filha de Risfan e da fêmea Racbdar, nasceu em 1929, sendo o primeiro puro sangue árabe brasileiro .

São mais de 35 mil cavalos árabes puros registrados no Brasil, com maior concentração de animais no estado de São Paulo. Atualmente, o país se destaca no setor de exportação, criadores da Europa, América do Sul e do Norte, Oriente Médio e Austrália importam animais devido à evolução genética sofrida pelos cavalos brasileiros.

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